14.9.11

Cedo pela manhã, deixamos a charmosa cidade de Tenby para trás em direção à capital do País de Gales, a cidade de Cardiff, a uma distância de mais ou menos 150 km.

Na caminho, planejamos fazer duas paradas antes de chegar à capital, uma em Caerleon e outra em Titern Abbey. Na verdade, ambas as paradas ficam após a entrada de Cardiff, por isso já tínhamos nos programado para chegar à última antes das 16 horas, que é a hora normal de encerramento da entrada nas atrações por aqui.

Com a ajuda do nosso fiel escudeiro, o GPS, colocamos o endereço e seguimos pelas maravilhosas autoestradas. A uns 7 km da entrada de Cardiff eu comecei a ver placas que indicavam o caminho para St. Fagans, o museu de história galesa. Como eu já havia lido sobre ele no nosso guia e ainda estava cedo, convenci a Luciane de ir até lá.

St. Fagans é um museu a céu aberto em uma área de 400 mil m². Nele, foram reconstruídos casas e edificações de todas as regiões de Gales.

A entrada do museu se assemelha a todos os parques de diversões famosos que conhecemos. Logo na entrada tem uma grande loja de lembranças e uma lanchonete. Dentro, há dois lados a escolher, e começamos pela esquerda, onde vimos uma antiga casa de fazenda e descobrimos que se tratava não de uma reconstrução, a casa original foi trazida para cá! 




Andando um pouco mais, encontramos uma vila com reproduções de lojas, escolas, correios, posto de pedágios etc de diferentes períodos históricos.






 Veja a riqueza de detalhes da decoração da reprodução das lojas:








Aqui há também uma construção onde foram recriados, lado-a-lado, os antigos conjuntos residenciais dos trabalhadores. Cada casinha retrata uma evolução da anterior.

As habitações são simples e pequenas, normalmente uma sala e um quarto. É interessante notar como a lareira da sala também servia de forno e fogão para fazer as refeições.




Naturalmente, a lareira virou o centro das atividades do lar e vejam como ela ganhou destaque na decoração da casa.






Achei o máximo essa engenhosa maneira de aumentar a tela da televisão. (e vejam que ela está ao lado da lareira!)





A última casa é bem interessante, pois mostra bem como os trabalhadores vivem em tempos mais atuais.




Outra atração imperdível no museu é a recriação da vila de um povoado celta. O interior das casas feitas de barro ricamente decoradas,  juntamente com um forno à lenha exalando uma fumaça e cheiro de madeira queimada, dão um ajuda extra à nossa imaginação.










Como nosso tempo era curto, resolvemos voltar para explorar o outro lado do museu, onde ficam os jardins e o Castelo. Um lindo jardim italiano (feito em 1902 e restaurado em 2003), além de bosques de amoras, fontes e lagos com peixes que rodeiam o Castelo.








Construído originalmente em 1580, o Castelo de St. Fagans pertencia ao Lord Robert-Windsor, o Conde de Plymouth, que doou o castelo junto com 18 hectares de terra para o Museu Nacional do País de Gales em 1946.




Para entrar é preciso passar por um belo jardim em uma das laterais do castelo.






A frente do castelo nos revela uma imponente fachada no estilo Tudor, com um interessante poço d'agua de fronte à entrada.




O interior ilustra a história da casa ao longo de quatro séculos. Assim como a mobília original, algumas das melhores peças de coleções do museu de outras casas também são exibidos. Mas infelizmente é proibido tirar fotos, você vai ter que ir lá pra conferir!

Voltando ao nosso roteiro original, pegamos à estrada a caminho de Caerleon, uma das três únicas fortalezas Romanas permanentes na Bretanha. Os romanos a chamavam "Isca".

De carro, o trajeto Cardiff a Caerleon leva mais ou menos 30 minutos. Demoramos um pouco para encontrar o museu, mesmo com a ajuda do GPS. Tivemos dúvidas, pois a entrada fica escondida dentro de um estacionamento. Como não havia movimento, pensamos que estaria fechado. Mas entramos mesmo assim e, para nossa surpresa, o museu fica exatamente em cima de uma das principais escavações arqueológicas, os banhos da fortaleza.

Logo na entrada nos surpreendemos com a enorme piscina bem abaixo de nossos pés.




Essa maquete demonstra como seriam os alojamentos e os banhos. Vejam que essa piscina ao ar livre é exatamente onde estamos agora.




O mais legal, no entanto, foram as reproduções em áudio e vídeo feita com projeções de imagens diretamente sobre a piscina que ficava ao ar livre, chamada natatio. Observem o brilhante jogo de luz e som que fizeram para contar um pouco do cotidiano dos soldados romanos nos banhos.


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Ao longo das plataformas de madeira, há várias explicações com áudio que nos ensinaram que ali, sob uma construção inovadora de enormes abóbodas, ficavam os banhos quentes e frios, chamados frigidarium.






A poucos minutos a pé do Museu, fica o mais completo Anfiteatro romano da Grã-Bretanha, e os únicos restos de um Quartel de Legionários romano visível em toda a Europa.




Neste lugar, é preciso um pouco de imaginação para tentar visualizar uma grande arena com suas arquibancadas de madeira com capacidade para 6000 pessoas assistirem os jogos, lutas e apresentações.






De volta à estrada, fomos em direção a Tintern Abbey a uns 20 minutos de carro. Estávamos preocupados com a hora, mas não desistimos. A Abadia é uma das maiores ruínas monásticas do País de Gales.

Logo na chegada ao vale em Chepstow, ficamos impressionados pela beleza natural e a fantástica e grandiosa ruína datada de 1131 DC.






Infelizmente, como temíamos, a entrada já estava encerrada. Mas a viagem não foi em vão, pois é possível ver bastante coisa do lado de fora dos baixos muros que a cercam.




Demos uma volta correndo o muro para ver mais da Abadia e lamentar não termos chegado antes.






Mesmo do lado de fora, a abadia nos oferece bons ângulos. Fiquei só imaginando como seria ver de dentro para fora.








Com o dia já escurecendo, pomos fim ao passeio, retornando pela estrada por mais 50 minutos, agora em direção a Cardiff, capital do País de Gales. Nosso GPS nos guiou até o centro da cidade, próximo ao estádio Millennium, onde fica o Bread & Breakfast que escolhemos. Com um dia longo de viagem como esse, deixamos para explorar a capital na manhã seguinte. Não deixe de ver no próximo post!

4 comments :

  1. Estou adorando essa NOSSA viagem. Beijos!
    Pat Tesch

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  2. Os chalés circulares lembra de uma região do Peru, do grupo dos Chachapoyas Fantástico!!! suas fotos tem um tom bem jornalistico.

    Como sugestão a dica que deixo é para algumas fotos suas de interiores deixar em PB ( Preto e Branco) da mais dramaticidade as fotos.
    Super kisses

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  3. Boa ideia, Wevs! Vamos ver se conseguimos encaixar sua sugestão no próximo post!. Valeu! Bjs.

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